quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Crônica de um afastamento

O livro "O segredo" está fazendo o maior sucesso. Eu não o li, e pelo pouco que eu vi do "filme", não tenho tanta vontade assim de fazê-lo. O livro vende, pois, dicas para alcançar a felicidade por meio, entre outras coisas, da lei da atração. Primeiro, não acredito no alcance da felicidade; esta não deve ser alcançada, mas sim trilhada. Segundo, atração é o que tem faltado entre mim e esse meu querido fênix blog, sempre sendo ressucitado das cinzas com um texto como esse.

A repetição pode gerar efeitos construtivos, mas pode resultar em processo cansativo. Por isso, não queria mais uma vez dizer que meu tempo tem sido consumido pelas aulas, provas e outras atividades dispendiosas de tempo. Mas a repetição fica falha se parecer que esse tempo todo o afastamento foi por causa disso. Não foi, e não foi mesmo. A greve da universidade consumia meu tempo de outros modos. A verdadeira repetição surge, então, na preguiça que quebrava qualquer linha de atração para com este meu meio de publicação.

Filmes foram vistos, DVDs foram comprados. A paixão não diminui, ainda mais com o início da temporada pré-Oscar, já evidente desde pouco antes do festival de Veneza desse ano. Mas de qualquer jeito, dez filmes estão para serem vistos no cinema e quatro DVDs ainda encontram-se lacrados. A explicação está sim na velha repetição, mas também nas novas atividades assiduamente esxecutadas, como a academia e o curso de língua estrangeira. O primeiro consome energias físicas e psíquicas também, o que o segundo também faz em menor escala, nos esforços prazerosos de ambos.

Resolvi, então, em julho escrever sobre o filme "Transfomers", desde o que não escrevi mais nada. Francamente, eu mais do que ninguém sei o real porquê. Isso é óbvio, eu sei. Acontece que com opinião, na grande maioria das vezes, não consigo transpor realmente o que quero. E além disso, estaria eu certo em apenas achar mais do que avaliar ou em não saber onde um termina e o outro começa? Digo que não é simplesmente a preguiça de escrever. Esses pensamentos me consomem psiquicamente às vezes, e o escape perfeito sempre foi desconsiderar as avaliações.

Com o iminente término do período letivo, tenho absolutos planos de repetir as velhas premissas de pelo menos dar um parecer o mais curto possível sobre os filme que tenho visto. Quem sabe assim eu não atraia o bem-estar fílmico que espero desde minhas manifestações de crise cinematográfica aqui no site; uma crise localizada, seja aqui no espaço desse blog, seja no tempo que transcorreu até então. Crises devem ser sanadas, e o trajeto para isso conseguir só poderá vir, tenho consciência, na melhor felicidade cinematográfica.
Thúlio Carvalho