terça-feira, 8 de julho de 2008

Em meio a batalhas e mudanças

A luta. Travada no interior de uma mente que não cessa seu funcionamento, ela sempre atrapalha o andamento desse blog. Ela esteve presente até mesmo há poucos segundos, quando hesitei em começar a escrever algo aqui, pois sabia que não seria algo pequeno - e não o queria muito grande. Quem seria, então, este escritor que sempre sente vontade de expor sua opinião nesse espaço se escrevesse brevemente sobre a mesma? Asseguro-lhe que não seria eu, pois por mesmo que eu ceda à luta inicial, quando resolvo retornar, devo voltar imutável.

Sem mudanças. Sim, acredito que este ainda sou eu quanto aos velhos bons filmes (e novos também). Essas chamadas alterações de situações estão, porém, bastante presentes em minha vida. Na verdade, estiveram desde 2006, o ano da mudança. E com as mudanças iniciais, vieram várias alterações de costumes, companhias, humores, pensamentos. Nada que não aconteça a qualquer um, e de modo sempre bivalente: julgar ser bom ou ruim depende do momento em que se avalia a mudança. Direcionar os dedos ao teclado para escrever esse texto está inserido em um momento que, por exemplo, não constata nenhuma mudança no ser fílmico de minha pessoa. Em sala de aula ou mesmo ao estudar durante a noite de outro dia ou em uma festa eletrizante, permito-me acreditar que não estarei tão imutável assim.

Essa velha batalha interna, com parâmetros de "grande crise", foi amenizada desde alguns dias atrás, quando constatei que devemos todos fazer aquilo que sentimos que devemos fazer. Não o que queremos, ou que somos forçados ou induzidos a fazer, mas aquilo que sentimos, seja de forma difusa ou concreta, que é o certo. Depois de várias repetições, o erro vai muito além do campo de sua humanidade ou ingenuidade. Se há um deles que já não posso mais cometer é este de evitar o que me faz feliz e que me dá prazer. Nada mais cinematográfico que isso!


Thúlio Carvalho

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